tag:blogger.com,1999:blog-147198542024-03-23T18:00:49.838+00:00TERENATerena é das vilas mais antigas da Península. Foi fundada em 1262, na baixa onde se elevou no séc. seguinte a igreja da Boa Nova, passando mais tarde para o morro que hoje ocupa, e onde já existia, desde o séc. XIII o imponente castelo fronteiriço. Terena impressiona pela sua antiguidade. A parte alta da vila está preservada. A capela da Boa Nova, foi mandada construir por D.Maria, em sinal de agradecimento pela vitória sobre os mouros na Batalha do Salado.kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-44944138560756950912008-03-16T12:28:00.002+00:002008-03-16T12:32:13.703+00:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFX4e22mbgK-la4qcHCp1OJAsHPFrN5ZBvqiyIAXdmgzMJun2BNcPICEBXsgTmC8HPwLQLGCcmfXFv9cseGmUSPwsgTmK-O0UuVeETa1J5DuTPVtVrJVN-ZQgdsyjVXIPv6Jpe/s1600-h/programa+2008.jpeg.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5178316256718534962" style="CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFX4e22mbgK-la4qcHCp1OJAsHPFrN5ZBvqiyIAXdmgzMJun2BNcPICEBXsgTmC8HPwLQLGCcmfXFv9cseGmUSPwsgTmK-O0UuVeETa1J5DuTPVtVrJVN-ZQgdsyjVXIPv6Jpe/s320/programa+2008.jpeg.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Um ano depois, não podia deixar passar mais esta grande ocasião para voltar a publicitar as festas em honra de Nª Srª da Boa Nova.</div><br /><div align="justify">Por razões pessoais e profissionais não me tem sido possivel actualizar este blog, mas não podia deixar passar este acontecimento sem o divulgar.</div><br /><div></div><br /><div></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1061470971755484792007-04-05T17:15:00.000+01:002007-04-05T17:33:54.806+01:00Festas em Honra de Nª Srª da Boa Nova<div align="justify">Mais uma boa oportunidade para visitar Terena, se ainda não programou o seu fim de semana de 13 a 16 de Abril, organize as suas coisas e vá passear a Terena, aproveitando assim para um belo passeio e assistir às festas em honra de Nª Srª da Boa Nova.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">De todo o programa salienta-se a tradicional procissão das velas no final da tarde do dia 15 de Abril.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Esta procissão tem a particularidade de se realizar ao sol posto e terminar já de noite; pois como já descrevi em posts anteriores a Igreja de Nª Srª da Boa Nova fica a cerca de 1km da vila de Terena, assim ao pôr do sol saí uma procissão desta capela em direcção à Igreja Matriz, e da Igreja Matriz sai uma outra em direcção à Capela de Nª Srª da Boa Nova.</div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">No meio do caminho as duas procissões encontram-se, onde haverá sermão e fogo de artificio, após o qual, das duas procissões se formará uma só em direcção à Igreja Matriz.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Na altura da chegada haverá um espectáculo de fogo de artificio e após a entrada na Igreja Matriz será realizada a Santa Missa.</div><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><strong><em>Este ano pela primeira vez e durante a procissão será tocado o Hino de Nª Srª da Boa Nova.</em></strong></div><div align="justify"><strong><em></em></strong></div><br /><br /><div align="justify">Além da festa religiosa, haverá largadas de toiros (uma na noite do dia 13 de Abril), concertos, bailes, jogos de futebol e muita animação.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-75339286651856776862007-03-23T11:26:00.000+00:002007-03-23T11:38:50.000+00:00Gaspacho<div align="justify">Continuando com a gastronomia alentejana, proponho para os dias mais quentes que em breve estarão a chegar, e para uma refeição ligeira, um gaspacho.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong>Ingredientes:</strong></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">- 3 tomates maduros;</div><div align="justify">- 1 pepino;</div><div align="justify">- 4 dentes de alho;<br />- Pão Alentejano;<br />- Sal;<br />- Vinagre;<br />- Azeite Alentejano.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><strong>Modo de Preparação:</strong></div><br /><div align="justify"></div><div align="justify">Corta-se o pão alentejano, o tomate e o pepino em pequenos pedaços, e os dentes de alho às fatias finas. Numa terrina coloca-se os dentes de alho já fatiados, água fresca, sal (qb) e vinagre (qb). Depois é só colocar, primeiro as sopas de pão e depois por cima o tomate e o pepino e por fim o azeite. Está pronto a servir.</div><div align="justify"><br /><br /></div><div align="justify">Para tornar esta refeição mais rica, poderá acompanhar com peixe frito. </div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-35369863290670142772007-03-17T21:47:00.000+00:002007-03-23T11:24:21.598+00:00Porquê?<div align="justify">Escrevo este post um pouco abatido, devido à falta de tempo que tenho tido para actualizar este cantinho, como também por todos os <em>amigos</em> <em>virtuais</em> que nos últimos tempos têm deixado de se expremir por este meio.<br /><br />Desde que iniciei esta cruzada, já ficaram pelo caminho muitos <em>amigos virtuais</em>, sendo o último a <a href="http://topazio1950.blogs.sapo.pt/">Praia</a> da Claridade, que vinha fazendo um excelente trabalho.<br /><br />A todos quanto têm deixado de postar gostaria de deixar aqui um sincero agradecimento pelos excelentes posts que foram colocando durante todo este tempo; <a href="http://ilhalorosae.blogs.sapo.pt/">Ilha Lorosae</a>; <a href="http://margustamar.blogspot.com/">Momentos Sentidos</a>; <a href="http://paradadegonta.blogs.sapo.pt/">Parada de Gonta</a>; <a href="http://topazio1950.blogs.sapo.pt/">Praia da Claridade</a> e muitos outros que foram criando esta familia da blogosfera.</div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-75267706887358990752007-02-09T21:52:00.000+00:002007-02-04T00:27:33.121+00:00Sopa de Tomate<div align="justify"><strong>Ingredientes:<br /></strong><br />1 Kg de tomate maduro</div><div align="justify">4 ovos</div><div align="justify">2 postas de bacalhau</div><div align="justify">1 cebola<br />2 dentes de alho<br />1 folha de louro</div><div align="justify">1 pimento verde</div><div align="justify">oregãos<br />Sal<br />Azeite Alentejano<br />Pão Alentejano.<br /><br /><br /><strong>Modo de Preparação:<br /></strong><br />Coloca-se num recipiente, azeite (qb); a cebola picada, o alho e folha de louro, ao lume para alourar. Entretanto, miga-se ou (pica-se numa varinha mágica), o tomate já pelado. Junta-se o tomate à cebola já alourada, sal (qb) e deixa-se refogar bem.<br />Pode-se juntar umas fatias de pimentos verdes.<br />Depois de bem refogado, junta-se água (qb) e deixa-se ferver, quando já estiver a ferver é só juntar os ovos e o bacalhau e deixar cozer.<br />Enquanto coze corta-se o pão às fatias pequenas.<br />Por fim pode juntar uns raminhos de orégãos. Depois para servir é só colocar algumas fatias de pão num prato e colocar por cima o caldo da sopa que preparou, juntamente com o bacalhau e os ovos.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-45024164976635119762007-01-28T22:05:00.000+00:002007-01-30T19:00:17.159+00:00Há um ano Terena estava assim....<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTdu6E66NZ0bcPsVUC2LgN7Nu2YRzrchedJqkZ0zCagsJtoOQRcXSJ048M4fR9M1tU7oqYSwYeAhhJDCwpFttartEb-O81-QpnxfS5yYC56dcj0ExKKphNXDkzTzTO5SX1TmqQ/s1600-h/terena+neve1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5025206333796470210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTdu6E66NZ0bcPsVUC2LgN7Nu2YRzrchedJqkZ0zCagsJtoOQRcXSJ048M4fR9M1tU7oqYSwYeAhhJDCwpFttartEb-O81-QpnxfS5yYC56dcj0ExKKphNXDkzTzTO5SX1TmqQ/s320/terena+neve1.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">Há um ano Terena estava assim.... </div><div align="center"></div><div align="center"><span style="font-size:85%;">Passado um ano o fenómeno esteve prestar a acontecer outras vez, apesar de toda a beleza dá para pensar sobre as alterações climatéricas.....</span></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-61518235303206301872007-01-28T16:50:00.000+00:002007-01-28T17:04:33.415+00:00Açorda Alentejana<div align="justify">E porque nem só de história e paisagem se vive no Alentejo, começo hoje um novo assunto neste cantinho, que é a gastronomia alentejana, mais concretamente a gastronomia de Terena e a sua zona envolvente.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Irei colocar algumas receitas alentejanas, muitas só encontradas no seio familiar. Assim, optei por iniciar esta nova cruzada, como não poderia deixar de ser, pela açorda alentejana.</div><br /><div align="left"><br /><br />Ingredientes:</div><div align="justify"><br />- 2 postas de Bacalhau</div><div align="justify">- 4 ovos</div><div align="justify">- Pão Alentejano</div><div align="justify">- Poejos frescos (na falta de poejos tb se pode utilizar coentros)</div><div align="justify">- 3 dentes de alho</div><div align="justify">- Sal</div><div align="justify">- Azeite Alentejano.</div><div align="justify"><br />Modo de Preparação:</div><div align="justify"><br />Coloca-se água a ferver num recipiente. Entretanto pisam-se os poejos, os dentes de alho e umas pitadas de sal num almofariz. Quando a água estiver a ferver, junta-se o bacalhau, quando o bacalhau estiver praticamente cozido juntam-se os ovos para cozer. Entretanto corta-se o pão alentejano em fatias pequenas. Numa terrina, colocam-se os temperos já pisados, azeite alentejano (qb) e envolve-se, também se pode colocar aqui um ovo cru e envolver-se com os restantes temperos.<br />Depois é só juntar a água a ferver, de modo a cozer o azeite e, em seguida é só juntar as fatias de pão. Serve-se num prato juntamente com o bacalhau e os ovos.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"<br /><br />Bom apetite</div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-10005089805634849722007-01-20T13:51:00.000+00:002007-01-20T13:56:13.548+00:00Castelo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGox7rKA_GlY5jGp3JnM7qDxPe42mcIJUYHqRpzHIiNoD2RoTPfbhD_0X_BdQiDpC-eIrnNsMHSZqdg4FYrdXZtkqzWceTJT2v4ZwXYSHIlE_XhrdHyo-L5PaKl8ouBMbdOEZR/s1600-h/Castelo+-+interior.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5022110684578270626" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGox7rKA_GlY5jGp3JnM7qDxPe42mcIJUYHqRpzHIiNoD2RoTPfbhD_0X_BdQiDpC-eIrnNsMHSZqdg4FYrdXZtkqzWceTJT2v4ZwXYSHIlE_XhrdHyo-L5PaKl8ouBMbdOEZR/s320/Castelo+-+interior.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">Mais uma perspectiva do interior do Castelo, desta vez a porta e a Torre de Menagem.<br /></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-65914675305164539092007-01-08T14:16:00.000+00:002007-01-08T14:19:53.315+00:00Castelo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo1alluSgLD8usXlIHjKm1e7iKIjEAZoYDZB7Fq_TXZSaym8Ej1SXhQLF3tQiPlM3F0ZcifBn1SKA4jvDvIdCEahfFy0ZjwqPGflWBKegrUBV79s8GtFs0H1ogV90PqQf9ARc9/s1600-h/Castelo+interior1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5017663596657088258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo1alluSgLD8usXlIHjKm1e7iKIjEAZoYDZB7Fq_TXZSaym8Ej1SXhQLF3tQiPlM3F0ZcifBn1SKA4jvDvIdCEahfFy0ZjwqPGflWBKegrUBV79s8GtFs0H1ogV90PqQf9ARc9/s320/Castelo+interior1.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><p> </p><p>Após esta pequena ausência, deixo aqui uma perspectiva do interior do castelo de Terena.</p><p>A todos um feliz ano de 2007.</p>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1166545848969444932006-12-19T16:15:00.000+00:002006-12-19T16:30:49.176+00:00Presépio/Árvore de Natal<div align="justify"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/320/184098/%3F%3Frvore%20Natal.jpg" border="0" /><a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/1600/879724/Pres??pio.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/320/848386/Pres%3F%3Fpio.jpg" border="0" /></a><br /><br />Votos de um FELIZ E SANTO NATAL, a todos quanto neste ano me visitaram, e assim fizeram com que este cantinho continue a mostrar o que de bom à para ver na linda vila de Terena.</div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1165788029385188242006-12-10T21:52:00.000+00:002006-12-10T22:00:29.413+00:00Fonte<a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/1600/581313/fonte.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/320/980094/fonte.jpg" border="0" /></a>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1165405489559296452006-12-06T11:39:00.000+00:002006-12-06T11:44:49.583+00:00Investigações no Santuário de Endovélico - ano de 2002 - 3ªParte<div align="justify"><strong>2.2.1. Classificação do material</strong><br /><br />Para a apresentação dos resultados da prospecção optou-se pela indicação das quantidades de materiais recolhidos, classificando-os conforme se pode ver na tabela. Não se estabeleceu nenhum critério de limitação de tamanho ou estado de conservação para a recolha dos fragmentos, nem se excluíram os materiais de aparência mais recente ou claramente modernos, ou seja, guardou e contou-se tudo. Mas, justamente por esta razão, os números relativos a materiais de construção são mais fiáveis para aferir as presenças de época romana, do que os relativos ao das outras cerâmicas, que apresentam valores ligeiramente inflacionados pela contabilidade de fragmentos não-romanos.<br /><br />Distinguiram-se dois grandes grupos de materiais:<br />1. Cerâmica de construção,<br />2. Outras cerâmicas.<br /><br />O primeiro grupo, por sua vez, foi subdividido em: tegulae, imbrices, tijolos e indefinidos.<br />O segundo grupo, outras cerâmicas, foi subdividido em ânforas, pela particular expressão que esta categoria de material apresentava, e outros vasos; naturalmente, sendo considerada também a natureza do fragmento (asas, bordos, fundos e indiferenciados). Todas as cerâmicas inequivocamente modernas, designadamente fragmentos vidrados, foram contabilizadas na categoria dos indiferenciados, independentemente de se tratar de um fragmento de bordo, asa ou fundo.<br />Os totais de fragmentos encontrados em cada área são suficientemente expressivos. Quando comparados, claramente se observa, que a zona mais rica em material é a B com quase 6000 fragmentos (5986), todas as categorias incluídas, seguida da zona A com 3546 fragmentos. As áreas C com apenas 10 fragmentos e a D, apesar de apresentar maiores quantidades (129), podem considerar-se insignificantes. É evidente que estes números, por se tratar de achados de superfície, não podem servir para mais do que uma primeira ideia sobre o potencial arqueológico da encosta. No entanto, durante a prospecção, tivemos o cuidado de manter sempre a mesma atitude, para eliminar factores arbitrários.<br /><br /><strong>2.2.2. Uma primeira interpretação dos números</strong><br /><br />O destaque do número total de fragmentos recolhidos na zona B é facilmente explicável.<br />Na realidade, deve-se a dois factores externos, isto é, estranhos à realidade contextual antiga. São eles, primeiro, o tamanho da superfície prospectada, que abrange mais do dobro da zona A, e, segundo (cumulativa com a anterior), a circunstância de se tratar de uma zona mais baixa ou mesmo de sopé, onde naturalmente se junta todo o material transportado pelos agentes naturais de erosão. Tendo em conta estes factores, parece lícito concluir que a relação de superfície/material, isto é, de fragmento por metro quadrado, é praticamente idêntica nas duas zonas, se não mesmo maior na área superior. De facto, abrangendo um terreno com aproximadamente o dobro da área da zona A, recolheram-se na prospecção de B menos fragmentos de cerâmica do que seria de esperar, atendendo somente à dimensão das zonas investigadas e à expectativa de uma distribuição análoga de vestígios.<br /><br />Voltando aos totais de fragmentos recolhidos, podemos realçar duas observações. Primeiro, que em todos os transectos, o número de fragmentos de cerâmica de construção ultrapassa de longe o número de fragmentos de recipientes. Segundo, que existe uma interessante relação entre os fragmentos procedentes da área A, porque, à excepção de A1 e A2, o número de fragmentos de cerâmica que corresponde a formas de uso comum fica sempre um pouco abaixo da metade do número de fragmentos de cerâmica de construção. A primeira observação parece facilmente explicável. É natural que se encontre no terreno um maior número de fragmentos de tijolos, tegulae e imbrices, porque a abundância desse material é uma característica de todos os sítios romanos. </div><div align="justify"><br />Já a segunda observação, que documenta uma relação relativamente constante entre os dois grupos cerâmicos, parece demonstrar que a dispersão dos materiais, tanto de um, como do outro grupo, se produziu de modo análogo. Para isto podem ter contribuído factores externos e posteriores à época romana. Tratar-se-á, por um lado, de factores orográficos, como a inclinação do terreno, que é homogénea, somente interrompida pelos socalcos visíveis na superfície, e, por outro, da acção dos trabalhos agrícolas, por exemplo as lavras, que dispersam os vestígios arqueológicos. A razão, pela qual os materiais procedentes dos corredores A1 e A2 fugiram a essa “regra”, deve residir, por certo, na configuração da encosta da crista, bastante íngreme nessa área, contribuindo para um mais fácil arrastamento dos fragmentos mais leves, por acção dos agentes naturais de erosão. Já os números de fragmentos procedentes da área B não revelam essa relação constante entre os dois grandes grupos cerâmicos. O número de fragmentos de cerâmica de construção é sempre bastante superior ao número de fragmentos de recipientes, chegando a ser 10, 20, 30 ou mais vezes superior. Na zona B acharam-se muito menos fragmentos de vasos que na zona A. Não se vislumbra uma explicação externa para esta ocorrência. É certo que o terreno se apresenta mais aplanado, mas isso não tem, a priori, nenhuma consequência sobre a quantidade de achados à superfície.<br /><br />A utilização agrícola é a mesma. Assim, tudo indica que o facto tem valor enquanto tal e assim deverá ser interpretado, parecendo óbvia a conclusão de que haveria menor utilização de recipientes cerâmicos na área B do que na A. Observando os totais de fragmentos na zona B, nota-se que os números mais elevados se encontram nas áreas centrais. Os achados acumulam-se, de noroeste para sudeste, entre os transectos 25 a 19, e o 1 e o 14. Em regra, a quantidade recolhida nessa zona oscila entre os 200 a 400/450 fragmentos por transecto. Já nos extremos oriental (15 a 18) e ocidental (26 e 27), da zona B, os números baixam bastante, pelo que a conclusão resulta evidente: a prospecção abarcou, de facto, toda a área de interesse arqueológico incluindo o centro do complexo, sendo estas extremidades áreas periféricas de escasso ou nulo interesse.</div><br /><br /><br /><em><span style="font-size:78%;">in "Revista Portuguesa de Arqueologia, Vol. 6, nº 2/2003"</span><br /></em>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1164467763377376892006-11-25T15:11:00.000+00:002006-11-25T15:16:03.403+00:00Rua Direita<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/1600/24222/DSC_0056.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/7567/1137/320/486581/DSC_0056.jpg" border="0" /></a> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;">Vista parcial da Rua Direita, Casa de Turismo e Torre de Menagem</span></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1163681460865883662006-11-16T12:49:00.000+00:002006-11-16T12:51:00.880+00:00Igreja Matriz<img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/DSC_0132.0.jpg" border="0" />kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1162502400522360432006-11-02T21:03:00.000+00:002006-11-02T21:20:00.640+00:00Terena noutros sitios III<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/DSC_0039.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/DSC_0039.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Penso que nunca Terena esteve tão bem divulgada através da Internet como neste momento.</div><br /><div align="justify">Após a publicação da foto do dia no portal do Alentejo (<a href="http://www.tudoben.com/">http://www.tudoben.com/</a>), passado pouco tempo o Sr. Filipe Freitas (<a href="http://topazio1950.blogs.sapo.pt/">http://topazio1950.blogs.sapo.pt/</a>), publicou um excelente post sobre Terena, e praticamente em simultâneo o portal do Alentejo volta a publicar um artigo muito idêntico com algumas fotos bastante elucidativas de Terena.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Fotos estas que desde já peço autorização para as poder divulgar aqui no meu blog.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1162382590732118282006-11-01T11:51:00.000+00:002006-11-01T13:58:48.246+00:00Terena noutros sitios II<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/Terena_praia%20da%20claridade.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/Terena_praia%20da%20claridade.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Foi hoje publicado no blog Praia da Claridade (<a href="http://topazio1950.blogs.sapo.pt/">http://topazio1950.blogs.sapo.pt/</a>), um excelente post dedicado a Terena.</div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Apesar dos agradecimentos que deixei no referido post, não poderia deixar passar esta ocasião e este meio para fazer um agradecimento público ao Sr. Filipe Freitas, autor do mesmo.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Um artigo a ser lido por todos quando gostam de Terena, ou que dela querem conhecer um pouco mais.</div><div align="justify"></div><div align="justify"></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1161513182589289312006-10-22T11:14:00.001+01:002006-10-22T11:33:02.590+01:00Terena noutros sitios<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/terena002.1.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/terena002.1.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;">Foto do dia em: </span><a href="http://www.tudoben.com/"><span style="font-size:85%;">http://www.tudoben.com/</span></a></div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"><blockquote></blockquote></div><div align="justify">Desde já ficam os meus sinceros agradecimentos a toda a equipe do <a href="http://www.tudoben.com/">http://www.tudoben.com/</a> pela divulgação desta imagem e pelo trabalho exemplar que têm vindo a fazer pela divulgação do Alentejo</div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1161100677261943272006-10-17T16:53:00.000+01:002006-10-17T16:57:57.280+01:00Semana da Ciência & Tecnologia<div align="justify"><span style="color:#ff9900;">A Câmara Municipal de Alandroal promove, entre os dias 19 e 20 de Outubro, no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal e Rossio do Arquiz, a “Semana da Ciência & Tecnologia”</span>.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Esta iniciativa integra um extenso conjunto de actividades, com destaque para a inauguração do hotspot (local público de acesso ao serviço Wi-Fi), localizado no Rossio do Arquiz, e para o Encontro de Parceiros do Projecto e-ASLA, do qual o Município de Alandroal é parte integrante.</div><div align="justify"> </div><div align="justify"><br />“Game party”, uma Demonstração de Robótica pelo Núcleo Minerva da Universidade de Évora e INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores), bem como a presença no local da unidade móvel do projecto Évora Distrito Digital da AMDE com acesso gratuito à Internet no dia de abertura, e ainda a presença diária do CDTI Móvel da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação, espaço interactivo de divulgação das tecnologias equipado com 12 computadores com acesso à Internet, impressoras, televisores e vídeo, são algumas das actividades a assinalar esta iniciativa da autarquia local.</div><div align="justify"><br />De forma a dar continuidade à politica de modernização dos serviços que o Município tem vindo a implementar, a “Semana da Ciência & Tecnologia” pretende proporcionar um contacto prático com as novas tecnologias da informação e comunicação, no sentido de estimular o interesse dos munícipes, em particular das crianças e jovens do concelho, para estas áreas.</div><div align="left"><br />Gabinete de Imprensa - CM Alandroal,12.Outubro.2006<a href="mailto:12.Outubro.2006gab.imprensa@cm-alandroal.pt">gab.imprensa@cm-alandroal.pt</a></div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1159702463551116282006-10-01T12:27:00.000+01:002006-10-01T12:34:23.566+01:00Romãs<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/P9240059.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/P9240059.jpg" border="0" /></a><br />A <em><strong>Romã</strong></em> <em>(Punica granatum L.; Lythraceae)</em>, possui propriedades úteis no combate a doenças cardíacas e envelhecimento.<br />Sua casca fervida em água, o líquido apurado serve para gargarejo em casos de infecções na garganta.<br /><br />Também é misticamente considerada como símbolo da prosperidade e da riqueza, e é uma das plantas que na tradição israelita que por ela Deus abençoou a Terra Santa.<br />É usada no Brasil em diversas simpatias.<br /><br />É também usada como indicador ácido-base natural, tornando-se rosa em solução ácida e verde em solução básica.kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1159269808731894542006-09-26T12:16:00.000+01:002006-09-26T12:23:28.756+01:00Investigações no Santuário de Endovélico - ano de 2002 - 2ªParte<div align="justify"><span><strong>1. Objectivos, estratégias e metodologia da intervenção de 2002</strong><br /><br />Como já se referiu, em função dos objectivos predefinidos, enfrentávamos três grandes tarefas:<br />• Em primeiro lugar, o levantamento topográfico da crista sobre a qual se ergueu a ermida de S. Miguel da Mota;<br />• Uma prospecção faseada da área, com registo das zonas de concentração de vestígios arqueológicos;<br />• A realização de sondagens na plataforma onde presumivelmente teria existido a ermida de S. Miguel.</span></div><span><div align="justify"><br />As prospecções destinavam-se a obter a desejada informação que nortearia todas as futuras intervenções no local. A primeira questão para a qual desejávamos obter resposta era a de saber quais as áreas abrangidas pela dispersão de vestígios de antigas ocupações e qual a sua natureza; seguidamente, interessava apurar a cronologia das mesmas, facto importante para um cabal esclarecimento sobre a eventual existência de uma ocupação pré-romana, bem como utilizações pós-romanas; finalmente, registar a dispersão dos elementos geológicos estranhos ao local e potencialmente indicadores da existência de estruturas monumentais, designadamente templos.<br />Optámos por realizar várias batidas de campo com um carácter sistemático em toda a crista e encostas. Essa primeira abordagem permitiu confirmar as observações já publicadas por Manuel Calado de que a área de concentração de vestígios era a encosta Este (Calado, 1993, p. 61), justamente aquela onde se observavam as descontinuidades topográficas que sugeriam a presença de estruturas soterradas, primitivamente interpretadas por Leite de Vasconcellos como um suposto amuralhado castrejo, refira-se que esta interpretação “sobrevive” no processo de classificação do local como Imóvel de Interesse Público, mas não foi confirmada pelos nossos trabalhos, como haverá oportunidade de comentar.</div><div align="justify"><br />Uma vez identificada esta área, foi a mesma percorrida em transectos, de orientação Norte-Sul com recolha sistemática e contagem de elementos arqueológicos, por categorias tendo-se utilizado as descontinuidades topográficas visíveis no terreno para delimitar áreas. Esta tarefa foi facilitada pela existência de um olival na base do serro que, por estar limpo, facilitava a visibilidade do terreno, constituindo ainda um precioso auxiliar de orientação para cada transecto. Já a plataforma superior foi insuficientemente reconhecida, porque o abundante mato arbustivo ali existente tornava quase nula a visibilidade no terreno.<br /> </div><div align="justify"><br /><strong>2. A intervenção</strong><br /><br />Pela intervenção se ter dividido em três grandes áreas de acção, optámos por tratar detalhadamente cada uma delas.<br /><br /><strong>2.1. O levantamento topográfico</strong></div><div align="justify"><br />Para o levantamento topográfico da área em questão delimitou-se a zona correspondente da Carta militar de Portugal (1: 25 000), elaborando, a partir dela, um mapa com uma escala de aproximadamente 1:5000. Este mapa serviu de base para a inserção das estruturas visíveis no terreno tais como: o caminho de acesso, os casais agrícolas, com os respectivos currais para os animais, e também a área da escavação. Estes trabalhos foram realizados com recurso a uma estação total (Leica T 1100). Além disso foram introduzidos na cartografia os leitos dos riachos que drenam o monte de S. Miguel da Mota, e os corta-fogos, recentemente rasgados.<br />O método utilizado para a implantação das diversas realidades observadas foi o GPS, apesar de implicar alguma margem de erro, não significativa, atendendo às escalas utilizadas. O trabalho topográfico foi acompanhado de uma prospecção arqueológica no terreno, nomeadamente nos corta-fogos.<br /><br /><strong>2.2. As prospecções</strong></div><div align="justify"><br />As tarefas de prospecção podem ser divididas em três grandes fases: uma primeira de largo alcance que abrangeu toda a área da extensa crista sobre a qual se ergueu no passado a ermida de S. Miguel da Mota, as suas encostas e outras áreas envolventes. Tratava-se, sobretudo, de verificar e confirmar as informações transmitidas por Manuel Calado na Carta Arqueológica do Alandroal (Calado, 1993, p. 61). De facto, este nosso colega realizara já importantes observações no local, concluindo que era na encosta Nascente que se concentravam os indicadores de antigas presenças humanas, expressos na existência de descontinuidades no terreno, presumivelmente correspondentes a outras tantas áreas construídas, e materiais arqueológicos de época romana (Calado, 1993, p. 61). As nossas observações comprovaram plenamente estas informações. Tal como Manuel Calado, também não conseguimos identificar qualquer indício da suposta necrópole de cistas, referida por Leite de Vasconcellos — sublinhe-se que o fundador do Museu Ethnologico não chegou a ver a dita cista que ali teria aparecido, “(...) ao meio da encosta (...) do lado do Poente, a distância de uns 600 metros do monte (...)” (Vasconcellos, 1916, p. 174), tendo recebido somente uma descrição da dita e os “(...) dois vasinhos de barro (...) de tipo prehistorico(...)” (Vasconcellos, 1916, p. 174) que ela continha. Assinale-se, porém, que a distância mencionada nos parece manifestamente exagerada e, infelizmente, não há registo da entrada destes recipientes cerâmicos no Museu Nacional de Arqueologia — não temos dúvidas de que as peças para aqui foram trazidas, tal como Vasconcellos escreveu, mas a ausência de um registo de entrada específico para as mesmas torna extremamente difícil o processo da sua localização nos fundos da instituição.</div><div align="justify"><br />Nas construções existentes em toda a crista, a saber, um estábulo a norte, do lado esquerdo do caminho que conduz à elevação, o monte, propriamente dito, um pequeno curral todos do mesmo lado do caminho, e um outro curral, de maior dimensão, já a sul do marco geodésico, foi possível observar a existência de diversos elementos antigos reaproveitados, designadamente, placas e fragmentos de mármore e blocos de granito, paralelepipédicos, que corresponderiam a silhares.</div><div align="justify"><br />Todos estes elementos, por serem geologicamente estranhos à elevação, foram registados e cartografados, embora se encontrassem em contexto secundário. Digamos que o aspecto mais interessante desta pesquisa consistiu na identificação de que por ali terá existido alguma construção (ou construções) que usou silharia granítica e, provavelmente, revestimentos marmóreos.</div><div align="justify"><br />Estas observações permitiram ainda a identificação do que parece ter sido um antigo caminho de acesso ao topo da crista, de orientação norte-sul, paralelo ao actual, mas num plano inferior. Pelo que conhecemos da implantação da antiga ermida de S. Miguel e pelas condições gerais de acesso ao topo da crista, não será de excluir a possibilidade de se tratar do antigo caminho que conduzia ao templo cristão (desembocaria em frente à porta de entrada), eventualmente sobreposto a uma via mais antiga. Contudo, esta última hipótese suscita-nos alguma reserva, uma vez que o caminho se localiza na encosta poente da crista, para onde o templo de S. Miguel tinha a sua porta voltada, enquanto que os materiais romanos se concentram sobretudo na encosta nascente.</div><div align="justify"><br />A encosta nascente, por ser aquela onde se concentravam os materiais de época romana, mereceu uma atenção de outro tipo. Desde logo, as descontinuidades topográficas observadas, constituídas por socalcos longos de orientação norte-sul, definindo plataformas, permitiam o estabelecimento de distintas zonas, merecedoras de prospecções com um carácter mais sistemático.<br />Optámos por defini-las como diferentes zonas e, dentro de cada uma delas, a realizar uma batida sistemática de terreno, por transectos, com recolha integral de materiais e respectiva quantificação.<br />Toda a crista de S. Miguel da Mota foi alvo de uma prospecção sistemática. Esta tarefa afigurava-se particularmente difícil, devido à vegetação densa de giestas e árvores que o cobrem.</div><div align="justify"><br />Foi possível levá-la a cabo graças aos corta-fogos, abertos há pouco tempo. As máquinas traçaram longas clareiras de entre 7 a 10 metros, rasgando a terra, de modo que a prospecção nessas áreas, muito numerosas, pode considerar-se como indicador fiável de eventuais presenças humanas. O resultado da prospecção foi absolutamente nulo, isto é, não se encontrou um único artefacto ou qualquer outro indicador da existência de sítios arqueológicos. Contrastante com este panorama geral, a encosta nascente apresentava uma densidade extraordinária de fragmentos de cerâmica, associados às já mencionadas descontinuidades de terreno.</div><div align="justify"><br />Nesta encosta nascente, distinguimos três zonas claramente diferenciáveis pela orografía do terreno. Atribuímo-lhes as designações de áreas A, B e C, em conformidade com a sua posição na encosta. Considerámos ainda uma área D, voltada a poente, onde também se podia observar a presença esporádica de materiais arqueológicos embora fosse evidente que se tratava de uma área de interesse menor.<br />Julgámos útil considerá-la, na quantificação dos fragmentos cerâmicos, em igualdade com as outras, justamente para sublinhar essa diferença.<br />A área A encontra-se mais próxima do topo da crista, junto da plataforma onde se teria implantado a ermida de S. Miguel, e tem a superfície mais pequena. A B é bastante maior e situase a meia encosta, estendendo-se praticamente até ao seu sopé. Finalmente, a C localiza-se no fundo do vale, já em zona plana. Pela densa vegetação arbustiva ali existente, ficou excluída a área imediatamente abaixo do topo da crista, isto é, a mais próxima do local onde realizámos as sondagens.</div><div align="justify"><br />A área A está separada da B por um muro de socalco, hoje em parte derrubado, construído com blocos simplesmente desbastados e empilhados, sem recurso a qualquer argamassa.<br />Esta estrutura foi retendo as terras, formando deste modo uma plataforma, a área A, com um desnível de mais de dois metros relativamente à zona que definimos como área B. As áreas B e C estão separadas por um caminho de uso moderno, com direcção noroeste-sudeste, que conduz à vizinha povoação de Terena.<br />Trata-se de terrenos de uso agrícola, plantados com olival. Como é característico neste tipo de cultura, as árvores dispõem-se de forma regular seguindo um sistema ortogonal, orientado, neste caso, em direcção noroeste-sudeste. Uma vez que a área a prospectar estava assim aproveitada, resolvemos servir-nos das fiadas de oliveiras como guias para os transectos. Assim, tanto em A como em B, os corredores entre linhas de árvores foram denominados com números, obtendo-se de este modo uma notação clara e expedita de proveniência para os materiais recolhidos (A1-A11, e B1-B27). Pela exiguidade do material encontrado na área C, prescindimos desta numeração, até porque o material se encontrava concentrado maioritariamente na berma do caminho, provavelmente por acção de limpeza dos terrenos promovida por quem os explorou ou explora.</div><div align="justify"><br />A prospecção foi levada a cabo durante apenas uma semana e contou com a participação de quatro/cinco pessoas. Devido às condições atmosféricas da época, o mês de Outubro, e depois das primeiras chuvas outonais, a terra estava coberta de vegetação recente o que dificultou de algum modo a recolha. No entanto, pensamos ter obtido uma imagem suficientemente expressiva da dispersão do material.</span></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1158666386961881352006-09-19T12:38:00.000+01:002006-09-20T15:13:44.833+01:00Investigações no Santuário de Endovélico - ano de 2002 - 1ªParte<blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><p align="justify">O sítio de S. Miguel da Mota, Terena, está de há longa data associado a Endovélico, uma divindade indígena cultuada sob o domínio romano, admitindo-se que ali se localizaria o seu santuário. O abundante acervo epigráfico e escultórico aí recolhido por Leite de Vasconcellos, em 1890, tem dado origem a diversos textos. Contudo, nunca se realizaram no local intervenções, que permitissem contextualizar o culto. Os signatários iniciaram, em 2002, um projecto de investigação que visa responder a esta interrogação.</p><p align="justify">Procurou-se, neste primeiro ano de trabalho, realizar as seguintes acções: levantamento topográfico da zona, prospecção sistemática da área e sondagens no local onde se ergueu a ermida de S. Miguel da Mota, que tinha reaproveitado inúmeros elementos do antigo santuário.As prospecções permitiram identificar vários elementos arquitectónicos indicadores de antigas construções que usaram silharia de granito e elementos de mármore, ambos geologicamente estranhos ao local, sobretudo reutilizados nas construções recentes que ali se encontram, bem como uma área de particular concentração de vestígios de época romana, a encosta Este do serro onde se erguia a ermida. Uma recolha sistemática de materiais permitiu concluir que não subsistem vestígios de ocupações pré-romanas e que a utilização de época romana parece circunscrever-se ao período compreendido entre o século I e os inícios do III d.C.<br /></p><p align="justify">As sondagens realizadas na área da ermida revelaram que a intervenção de Vasconcellos em 1890 tinha sido de facto profunda, afectando praticamente toda a sua estrutura, até aos alicerces. Foi possível esclarecer que não existe qualquer templo romano sob esta construção, embora se tenham encontrado indícios aparentemente anteriores à fase moderna da ermida, particularmente sepulturas de inumação, estruturadas com lajes de xisto e orientadas E-W. Fora de contexto, foram recolhidos materiais de fase tardo-romana, duas moedas do século IV, um fundo de ânfora lusitana tardia, um fragmento de sigillata clara D e uma lucerna Atlante X. Estes materiais de cronologia avançada contrastam com os recolhidos nas prospecções da encosta nascente.<br /></p><p align="justify">No decurso das sondagens foi possível recolher um notável e variado conjunto escultórico, que se encontrava sepultado sob as estruturas da ermida, bem como três novas aras consagradas a Endovélico.<br />Finalmente, procedemos a prospecções geofísicas na encosta nascente que revelaram um conjunto de estruturas soterradas que parece indicar a existência de um “santuário de terraços”.<br />Assim, o santuário de Endovélico terá sido uma construção monumental de plano clássico, edificada em época romana, que será investigado em futuras campanhas.<br /></p><p align="justify"><br /><strong>Introdução</strong></p><p align="justify"><br />O sítio de S. Miguel da Mota, concelho de Alandroal, emblematicamente associado ao santuário da divindade indígena Endovélico, cultuada em época romana, está classificado como imóvel de interesse público pelo Decreto 67/97, de 31 de Dezembro (Diário da República, n.º 301). Localiza-se na parte mais elevada de uma longa crista rochosa, a noroeste da vila de Terena, no concelho de Alandroal, distrito de Évora (C.M.P. 1: 25 000, folha 451 - Coordenadas de um ponto central : Lat: 38º 38’ 37” e Long.: 7º 26’ 30”).<br /></p><p align="justify">Apesar das múltiplas páginas que, desde os fins do século XIX, para não recuarmos mais, têm sido consagradas ao local e ao abundante espólio recolhido por José Leite de Vasconcellos, falta ainda uma efectiva contextualização do culto. Isto é, praticamente toda a informação que tem sido mobilizada é a que advém da leitura do significativo lote de epígrafes e da observação e interpretação dos elementos escultóricos, sendo totalmente ignorada a forma e implantação do santuário propriamente dito, bem como as condições concretas em que se dispunham os numerosos ex-votos ali existentes.<br /></p><p align="justify">Esta carência foi, uma vez mais, sublinhada pela importante exposição promovida pelo Museu Nacional de Arqueologia que, realizando o ponto da situação sobre “as religiões da Lusitânia”, com particular relevo para Endovélico, cuja hipotética face (LIMC) constitui o ex-libris do evento (Ribeiro, 2002). A consciência havida de que faltava esse importante elemento contextual fez nascer o projecto arqueológico de S. Miguel da Mota.<br />O projecto resulta do esforço conjunto da Unidade de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, representada por Amílcar Guerra e Carlos Fabião, e da Delegação de Madrid do Instituto Arqueológico Alemão, representada por Thomas Schattner, que conjuntamente o dirigem. A associação de ambas entidades foi considerada a melhor forma de reunir os meios necessários e as competências específicas para o bom desenvolvimento do mesmo. O facto de praticamente se não ter trabalhado no local desde os princípios do século XX, quando José Leite de Vasconcellos ali fez as últimas intervenções, na sequência do desmantelamento das ruínas da ermida de S. Miguel, que empreendeu em 1890, colocava diversas questões práticas que se afigurava importante esclarecer previamente. Por esta razão, em lugar de avançarmos imediatamente com um programa de intervenção plurianual, propusemos ao IPA a realização de um conjunto de intervenções preliminares, que poderiam orientar o desenho de um programa de maior fôlego. Para além das referências do fundador do Museu Etnológico, dispúnhamos, ainda, das informações publicadas, resultantes das recentes prospecções ali efectuadas por Manuel Calado (1993, p. 61).<br /></p><p align="justify">No quadro dos objectivos genéricos, de procurar orientações para uma efectiva contextualização do culto de Endovélico, desenharam-se várias etapas de intervenção, devidamente faseadas.<br />Em primeiro lugar, visar a delimitação da área de interesse arqueológico para, deste modo, orientar as acções de intervenção no subsolo. Esta tarefa foi considerada prévia a todas as outras, pelo que nos ocupou uma parte da presente campanha. Basicamente, o que se pretendia era determinar a área (ou áreas) de culto, ou com ele associada(s), consubstanciada na identificação de elementos arqueológicos dispersos à superfície; definir, tanto quanto possível, o seu âmbito cronológico, com base em informação diferente da proporcionada pelas características intrínsecas das epígrafes ou da estatuária; averiguar se existe, entre os materiais arqueológicos identificados, algum elemento que permita esclarecer a diacronia das práticas cultuais e, sobretudo se efectivamente há elementos que permitam supor que um primitivo local de culto, pré-romano, existiu no cerro de S. Miguel da Mota.<br /></p><p align="justify">Finalmente, como não poderia deixar de ser, em face das ideias dominantes sobre o sítio, determinar se a ermida se sobrepunha a alguma estrutura de carácter religioso mais antiga: ou ao templo romano, como sugeria Gabriel Pereira (Pereira, 1889, p. 145-146), ou a uma estrutura mais recente, que marcasse o processo de cristianização do local de culto, que a presença de alguns elementos iconográficos parece sugerir (Correia, 1928, p. 377; Almeida, 1962, p. 119-121; Real, 1995, p. 45).<br />Como estamos a trabalhar num local onde existiram já várias intervenções, a saber, demolição da ermida para recuperar epígrafes e elementos escultóricos, empreendida por José Leite de Vasconcellos, em 1890 (Vasconcellos, [1890] 1938, p. 197-206; 1905, p. 111 e ss. e 1916, p. 153-154 e 174-175), novas pesquisas empreendidas pelo mesmo em 1904 e 1907 (Vasconcellos, 1913, p. 196, 1915, p. 326-329, 1916, p. 153-154 e 174-175), entre outras menores, cujos contornos não foram esclarecidos nas sucintas páginas que sobre elas se publicaram, impunha-se igualmente uma reavaliação de toda a informação já recolhida, com especial atenção à depositada no Museu Nacional de Arqueologia.<br /></p><p align="justify">Este processo de reavaliação dos espólios recolhidos nos trabalhos em S. Miguel da Mota terá em consideração também a escultura e a epigrafia, mas procurará tratar sobretudo o restante espólio arqueológico de lá trazido, supõe-se que para o Museu Nacional de Arqueologia, mas nunca efectivamente publicado -Vasconcellos falou de “(...) algumas moedas, e de uns fragmentos de vidro e de barro (...)” (Vasconcellos, [1890] 1938, p. 201) ou de “(...) objectos de barro e de vidro e moedas romanas do sec. IV (...)” (Vasconcellos, 1905,p. 122) —, bem como da documentação manuscrita relacionada com estes trabalhos, que se conservará (supomos) nos espólios legados pelo Autor a diversas instituições públicas, Museu Nacional de Arqueologia, Biblioteca Nacional e Faculdade de Letras de Lisboa, sendo o núcleo do Museu aquele que mais possibilidades tem de albergar essa documentação. De facto, por diversas vezes foi prometida a publicação de “ (...) uma monographia circunstanciada sobre o assunto” (Vasconcellos, 1905, p. 112) e de um estudo detalhado sobre as intervenções de 1907 (Vasconcellos, 1913, p. 196), que nunca se concretizaram. Assinale-se que o próprio Leite de Vasconcellos escreveu que “As minhas pastas e gavetas abundam de apontamentos e notas que respeitam à historia do Alandroal (...)” (Vasconcellos, 1916, p. 154), por tudo isto, é de supor que a pesquisa documental venha a ser frutuosa.<br /></p><p align="justify">Em traços gerais, é este o programa do projecto de investigação de S. Miguel da Mota. Para o primeiro ano, que considerámos de exploração preliminar, tínhamos projectado iniciar as pesquisas no Museu Nacional de Arqueologia, em busca dos espólios nunca publicados e dos documentos constantes do legado do seu fundador, e, no terreno, desenvolver trabalhos que visavam três objectivos distintos:<br />• Levantamento topográfico do serro de S. Miguel da Mota, tarefa preliminar a todas as acções a desenvolver no terreno;<br />• Prospecção sistemática da área, com vista à determinação das zonas de dispersão de indícios de antigas ocupações, com especial incidência nas encostas da crista sobre a qual se ergueu a ermida de S. Miguel;<br />• Realização de breves sondagens na plataforma onde esta teria existido (nada era perceptível no terreno), visando esclarecer se existiria, de facto, a sobreposição física da mesma relativamente ao templo romano ou a outra qualquer estrutura cultual cristã, mais antiga, como se tem pretendido, e determinar a natureza das intervenções ali feitas por Leite de Vasconcellos.<br /></p><p align="justify">A equipa de trabalho foi constituída por Amílcar Guerra, Thomas Schattner e Carlos Fabião que são, igualmente, os promotores do projecto de investigação. O arqueólogo Rui Almeida assegurou as tarefas de coordenação de campo, auxiliado nas últimas semanas de trabalho por Teresa Laço. Rainer Komp ocupou-se do levantamento topográfico e Monica Perkovic da fotografia, excepto nas últimas duas semanas. Participaram igualmente nos trabalhos Joana Tsometsidou e Astrid Puckett estudantes de Arqueologia Clássica da Universidade de Giessen e três trabalhadores locais contratados.<br /></p><p align="justify">O Instituto Português de Arqueologia, a Delegação de Madrid do Instituto Arqueológico Alemão e a Câmara Municipal do Alandroal forneceram os meios necessários à realização dos trabalhos. Estamos gratos, igualmente, à Junta de Freguesia de Terena, que nos proporcionou um espaço de trabalho para limpeza e tratamento de materiais, bem como à Srª D. Genoveva Belo, proprietária do terreno, por amavelmente nos ter autorizado a proceder às prospecções e sondagens.<br />Os trabalhos de campo, levantamento topográfico, prospecções e escavações decorreram de 30 de Setembro a 1 de Novembro de 2002 e as propecções geofísicas de 15 a 19 de Fevereiro de 2003.<br /></p><p align="justify">Mesmo antes da realização dos trabalhos assumimos a incumbência de proceder com a maior celeridade possível à divulgação preliminar dos seus resultados. Estávamos conscientes da expectativa criada por esta primeira intervenção e, por isso mesmo, sentiamo-nos na obrigação de o fazer. A qualidade da informação obtida só veio reforçar esta ideia. O que se segue constitui, pois, uma relação preliminar de dados, apresentada mesmo antes da maior parte dos materiais ter sido submetida às necessárias limpezas. Assim, deverá ser entendido mais como um relatório de progresso do projecto de investigação, do que propriamente um relatório final.</p><p align="justify"></p><p align="justify"><span style="font-size:85%;">in <em>"Revista Portuguesa de Arqueologia, Vol. 6, nº 2/2003"</em></span></p><p align="justify"></p>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1156850628478226682006-08-29T12:20:00.000+01:002006-08-29T12:23:48.493+01:00Paisagens III<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/vistabarragem1.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/vistabarragem1.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;">Mais uma vista deslumbrante da zona envolvente da Barragem de Lucefecit</span></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1156072056081087612006-08-20T12:05:00.000+01:002006-08-20T12:07:36.093+01:00Paisagens II<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/vista.3.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/vista.3.jpg" border="0" /></a>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1155574951896029382006-08-14T17:52:00.000+01:002006-08-14T18:02:31.943+01:00Terena vista por outras objectivas<div align="center"><a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/A%20rua_%20as%20flores_%20o%20Castelo%20de%20Terena.2.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/A%20rua_%20as%20flores_%20o%20Castelo%20de%20Terena.2.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;">Foto enviada por "Parada de Gonta", na sua recente viagem a Terena.</span></div><div align="center"><span style="font-size:85%;"></span> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;">Agradeço a todos quanto possam enviar fotos de Terena, que eu as publicarei para divulgação.</span></div>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14719854.post-1155311256140639432006-08-11T16:43:00.000+01:002006-08-11T16:49:40.586+01:00Rua Direita<a href="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/1600/VILAS_046.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/blogger/7567/1137/320/VILAS_046.jpg" border="0" /></a>kapahttp://www.blogger.com/profile/13834932821725171506noreply@blogger.com5